sábado, 31 de agosto de 2013

Porque não resistimos ao açúcar

























Hoje não resisti à tentação... e comprei esta edição da National Geographic. As histórias de leões e os segredos de civilizações perdidas foram, desta vez, relegadas para as páginas interiores. Na capa, o tema-rei é o açúcar: esse alimento amado e odiado, que nos dá tanto prazer mas nos faz tanto mal.
Já li bastante sobre este tema mas aprendi muito com este texto do jornalista Rich Cohen. Desde como surgiu a utilização do açúcar refinado (começou a ser comido na Papua Nova Guiné, há 10 000 anos), até à sua popularização como alimento «divino» (primeiro na Índia, depois na Pérsia e mundo árabe), e consequente expansão do seu consumo a nível mundial (para o qual muito contribuíram os portugueses dos Descobrimentos, claro), há muitos pormenores fascinantes nesta história evolutiva do açúcar.
Infelizmente, a história não tem um final feliz. O abuso do consumo é de tal ordem - e grande parte do que comemos está "escondido" em alimentos tão insuspeitos como o ketchup ou uma pizza - que muitos médicos já o vêem como puro veneno. Richard Johnson, um nefrologista da universidade do Colorado, não tem meias medidas: «Sempre que investigo uma doença e procuro chegar à sua génese e causa principal, acabo por descobrir sempre o mesmo problema na origem de tudo: o açúcar.»
Já agora: parece que não lhe conseguimos resistir por causa de uma mutação genética que terá ocorrido há 17 milhões de anos e ditou a nossa sobrevivência, como espécie... Leiam, que vale a pena.

1 comentário:

Jorge Ramiro disse...

Para mim, às vezes acontece que eu não posso resistir. Eu moro em Itaim Bibi e perto da minha casa há uma grande padaria que prepara sobremesas. Eu compro todos os dias.